Eduardo Bolsonaro tinha opiniões bem diferentes sobre Justiça quando escreveu sua monografia em Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro, há 11 anos.
O zero três era contrário à prisão após condenação em segunda instância e defendia a presunção de inocência até o fim do processo.
Eduardo atacava a “inquisição” judicial e a “escrachante disparidade de armas entre defesa e acusação”, pedia um Ministério Público com limites e disparava contra o clamor popular por “vingança”, alertando para o risco de uma “barbárie do tempo dos primatas”.(…)
Na mesma linha, cravou: “Estaríamos retrocedendo aos tempos da inquisição, onde julgamentos feitos em praças públicas condenavam pessoas à morte sem direito de recurso?”. Em seguida, exaltou a presunção da inocência e os direitos fundamentais: “Isto é permitir que haja pena privativa de liberdade sem apreciação do mérito ou reconhecimento de culpa. Isto é rasgar a Constituição e os direitos e garantias individuais presentes em seu corpo”.