A nomeação de Haspel para o cargo pelo presidente Donald Trump causou protestos, porque ela era responsável por prisões secretas da agência de inteligência americana, onde os interrogadores usavam sistematicamente a tortura como forma de extrair confissões de acusados de terrorismo.
Os agentes da CIA usavam técnicas como simulação de afogamento, injeção retal, privação de sono e outros.
Em audiência no Congresso, ela se recusou a admitir que tais métodos configuravam tortura e afirmou que foram importantes para se reunir informações de membros da facção terrorista Al Qaeda.
Na ocasião,Trump defendeu a indicação, dizendo em rede social: “Minha indicada a diretora da CIA altamente respeitada, Gina Haspel, passou a ser atacada porque foi dura demais com terroristas… Vença, Gina!”.
De início, o encontro de Bolsonaro com Haspel a princípio foi mantido em segredo pelo Planalto e descrito apenas como “agenda privada”.
Depois, o Planalto o divulgou, mas omitiu o nome da pessoa que havia recepcionado o presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro, informando apenas que a reunião serviu para debater “questões de combate ao crime organizado e ao narcotráfico”.
Um congressista americano que pediu pra não ser identificado, conhecedor do histórico de homenagens de Bolsonaro a torturadores, teria debochado do presidente brasileiro para a imprensa americana “Jair Bolsonaro tem fixação por torturadores, não é?”