É preciso entender o jogo perigoso praticado por Jair Bolsonaro no caso do funcionamento das igrejas. E agora o Don Giovanni da Zona Oeste do Rio encontrou mais um candidato a Leporello: Kássio Nunes Marques, o Kássio Conká. Já não bastavam André Mendonça, advogado-geral da União, e Augusto Aras, procurador-geral da República a produzir e a dizer coisas indignas a respeito.
(…) Bolsonaro está testando um aliado e constata que, até agora, Caramuru não dá chabu! Bastou precisar dos serviços, e eles apareceram à mão. E Conká, vê-se, é destemido. Não tem medo do ridículo. Como já escrevi aqui, enganou-se quem pensou que seu voto no caso da suspeição de Sergio Moro já havia chegado ao paroxismo do exotismo. Não!
(…) Se alguém, como escreveria Ivan Lessa, encostar o ouvido ao peito de Bolsonaro, ouvirá seu coração torcendo para que o Supremo faça o que tem de fazer: proibir o funcionamento dos templos. Assim, o ogro ganha um discurso.
O nome disso? Necropolítica. Populismo da morte.
(…)